domingo, 4 de agosto de 2013

Até aqui, nada bem

A economia em 2013 entrou numa sequência de dados e fatos decepcionantes que se aprofundaram nos últimos dias. O dólar voltou a subir, a bolsa perdeu 20%, a arrecadação está minguando, os números fiscais, piorando, a balança comercial acumula déficit de US$ 5 bilhões. O Brasil não é o único a ter problemas este ano, mas o país está ficando com fama de estar preso ao baixo desempenho.
Números não faltam para a perda de confiança na economia brasileira. Não é apenas o governo que tem tido suas projeções revistas para baixo. Até os economistas de bancos e consultorias esperavam mais do ano de 2013. Consumidores, empresários da indústria e do setor de serviços também se decepcionaram. A alta do dólar poderia ajudar o país a reduzir o déficit comercial, mas ele está crescendo. O efeito benéfico da desvalorização do real, que seria o impulso nas exportações, não está acontecendo, mas o impacto negativo de elevação de alguns preços e insumos industriais já começa a aparecer.
A indústria cresceu 1,9% no semestre. Uma boa notícia, mas esse resultado é pouco para compensar a queda de 2,7% do ano passado. A inflação em julho foi praticamente zero, e em agosto pode ter novo resultado muito bom, mas o IPCA teve alta de 3,15% de janeiro a junho. A meta para o ano inteiro é 4,5%. O dólar se valorizou 12,5%, a balança comercial tem déficit de US$ 5 bi até julho. As transações correntes ficaram no vermelho em US$ 49 bilhões, que correspondem a 3,82% do PIB. Os investimentos diretos chegaram a US$ 37 bilhões, mas não financiaram o déficit externo.
Além dos números, o governo parece andar batendo cabeça mais do que o normal. Na semana passada, desentenderam-se o representante do Brasil no FMI, Paulo Nogueira Batista, e o ministro Guido Mantega. O governo não passa uma semana sem fazer alguma mudança no indicador fiscal que aumente a desconfiança que o mercado tem em relação às medidas dos gastos do governo. A última foi querer retirar, das contas das despesas públicas, os gastos dos estados com a mobilidade urbana.
A Presidência fez uma enxurrada de propostas no auge dos protestos de junho e, desde então, não faz outra coisa a não ser recuar de cada uma. Os investimentos de R$ 50 bilhões com transporte até agora ninguém conseguiu saber a que a presidente Dilma Rousseff estava se referindo quando fez a promessa. Se foi ao trem-bala, o edital acaba de ter outro adiamento. É o quarto, ou quinto. Perde-se a conta. Mas esse projeto equivocado e caro deve estar em ponto de bala para ser usado na campanha eleitoral. Assim querem os marqueteiros.
O superávit primário, mesmo maquiado, ajustado e descontado, está minguando este ano. Ficou 28% menor de janeiro a junho. O déficit nominal saltou de R$ 45 bilhões para R$ 65 bi e foi a 2,83% do PIB. E deve aumentar pela alta da Selic para combater a inflação, que encarece a dívida.
O crescimento do PIB parece que será de novo pífio este ano, ainda que maior do que o do ano passado. Outros países estão crescendo pouco, mas o Brasil está disputando, na região, na turma da lanterna.
Há algumas notícias boas resistindo a essa maré de baixa. A taxa de desemprego permanece em 5,7% e houve criação de 826 mil empregos formais no semestre. O número representa queda de 21%, mas é um bom resultado em comparação com inúmeros países do mundo. A produção de bens de capital acumula alta de 13,8% até junho, o que sinaliza recuperação dos investimentos, puxada pela produção de caminhões. A inadimplência das pessoas físicas caiu de 7,9% para 7,2%. Ainda é alta, mas a tendência de baixa é animadora.
Há razões externas para a volatilidade, mas o vai e vem das decisões do governo é o principal foco de instabilidade. O ano que vem será de uma dura batalha eleitoral, em que a economia terá que entregar um bom resultado para ajudar no palanque. A ameaça é o governo ampliar mais os gastos, tomar novas decisões que comprometam o equilíbrio fiscal e maquiar ainda mais os indicadores das despesas públicas. Nesse campo, o risco não é perder o futuro, mas o passado. As bases da estabilização foram construídas com uma década e meia de muito trabalho. E ela é que vem sendo erodida.

Por Miriam Leitão - Blog da Miriam

O ano de 2013 esta com os menores números do governo petista

sábado, 3 de agosto de 2013

O relativismo da ética

Olá, galera conectada com a opinião livre e compartilhada!
O que você pensa sobre a ÉTICA? A ética é a palavra mais difícil de ser colocada em prática no Brasil. É árdua a batalha pela ética moral e social, pelo respeito à constituição, pela priorização dos valores e, principalmente, pelo bom uso do dinheiro público. É mais costumeiro uma pessoa respeitar e obedecer as regras bíblicas a priorizar o respeito à legislação vigente constituinte, o que é uma atitude errada de todas as formas. O livro sagrado, de qualquer religião ou manisfestação de fé, não cultua e sentencia a forma de viver e se comportar em uma sociedade. Não dita regras claras sobre comportamento, penalização e reinserção social. Estou falando, claro de uma forma abrangente, clara, objetiva e ampla.
A ética no Brasil tem sido deixada de lado pela maioria populacional. Em uma pesquisa recente diversas pessoas provaram que suas posturas ética eram relativas à quantia ou bem oferecido em troca. Em outros países, mundo afora, o Brasil é visto como condescendente à corrupção, isso não está incorreto, mas um pouco mal explicado. A moralidade mundial está abalada com alguns acontecimentos. A mulher, com muitas e belas exceções e exemplos dignos, tem se tornado um objeto  e aceita isso de forma passiva. Expõe sua futilidade, como se isso fosse fato. As mulheres que conquistaram o mundo e tem inúmeras qualidades que superam os homens estão ficando cada vez mais raras. Isso é perda de valor e moral. Também vale para os homens, cada vez mais propenso ao crime e dando menos valor à vida alheia, à fidelidade e a família.
A evolução tecnológica trouxe e contribuiu para a perda de sentido ortográfico, falta de educação das crianças e alfabetização geral. A sociedade abraça as novelas e filmes mais escandalosos e que priorizam a separação familiar e a promiscuidade. Não valorizam mais os estudos e a crença no humanismo.
Aqui no Brasil, durante anos e governos, tivemos  uma cultura de aceitação e comodismo com a situação vigente. Famílias dominando territórios (família Sarney do Maranhão, família Maia e Batista no Rio, família Antonio Carlos Magalhães na Bahia, família Collor de Mello em Alagoas etc.) e a população de baixa renda sendo comprada com sujidades e aceitando isso de forma pacífica. Temos a infeliz e desgraçada herança do "jeitinho brasileiro" que tanto nos corrompe. Isso é o que alguns estudiosos da filosofia chamam de "RELATIVISMO ÉTICO", ou seja, o político que rouba é criminoso, mas o pobre pode roubar porque tem um motivo para isso. Esse pensamento é o motivo do descaso que se encontra a ética e a moral em nosso país, quiçá no mundo. A ética vale para grandes e pequenas atitudes, ricos e pobres, brancos e negros, todos devem se portar de forma coerente quando da tomada de decisão.
Hoje em dia ainda vemos esse tipo de coisa, por exemplo, podemos citar as compras de votos no interior do país. A ética deve ser na parte de cima da pirâmide social um exemplo claro e na parte de baixo ser executada também. 
Quando temos uma crise de ética, a sociedade se pergunta sobre seu futuro, seus valores e sua valia. Como podemos pensar em valores quando pessoas morrem por não terem dinheiro para serem roubadas? Enquanto isso pessoas descreem da política e nem se entregam ao trabalho de renovar esse quadro. Pessoas correm para se salvar na religião, ONGs e radicalismo e extremismo inapropriado. Não precisamos de radicalismo, e sim, de atitudes mais humanas e coercitivas para oprimir a corrupção e a falta de ética. Para isso, precisamos nos preocupar em acertar mais, afinal, só pode cobrar tem não deve. Se você acertar mais, então poderá cobrar mais dos seus governantes.


I have a dream. The day that our nation will be the best nation around the world. Just the most warrior, ethic and moralist will be rewarded. Just it. That's enough. (Pedro Fausthino, thinkings)

Texto de Pedro Fausthino 

Relativizar a ética é colocar de lado a sociedade e o respeito