domingo, 28 de abril de 2013

A bolha estourou, o crime compensou.

Olá, galera antenada com a opinião livre!
Hoje o assunto é muito lamentável e atinge uma área que, particularmente, gosto muito e sou fascinado para adentrar neste segmento: Mercado de capitais, valores mobiliários. 
Quem se lembra do caso da Mundial, fabricante de alicates de unhas e utensílios de cozinha, vai saber o que se refere esta postagem.
Para começar, quero fazer uma pergunta. O crime compensa? Neste caso, sim. O crime foi cometido, provado, analisado e todos os 10 envolvidos foram considerados culpados pelo juiz José Paulo Baltazar Junior, da 1ª Vara Criminal de Porto Alegre. Mesmo assim, com todas as provas, os culpados não serão tão 'culpados' assim. Eles podem se livrar da condenação sem mesmo pagar uma multa sequer. E os investidores? No total os pequenos investidores que apostaram uma quantia relevante na empresa perderam R$ 15 milhões com a desvalorização devido ao escândalo e a dor de cabeça que virou ter a posse dos papéis da empresa. Os investidores entraram com uma ação de ressarcimento do prejuízo com a desvalorização. 
Mas vamos entender o caso: 
A Mundial teve uma valorização na bolsa, entre 2009 e 2011, de mais de 3.000% (sem exageros, três mil porcento). Mesmo tendo prejuízo em 2011 e com uma dívida de médio e curto prazos maior do que seu faturamento bruto. Só isso já explicaria um certo desconforto de relação normal entre o que é concreto e o que não é. Mas a manipulação acontecia dentro da diretoria da própria empresa e com alguns corretos de Porto Alegre. A diretoria comprava altos lotes de ações na baixa, e ia aumentando o preço com isso. Divulgava informações pouco relevantes para justificar uma forte alta, que era injustificável pela receita que a companhia apresentava, but go on. 
Descoberta a fraude, as ações tiveram perdas de 85% chegando a 98% (veja na imagem abaixo) em menos de duas semanas. A empresa atingiu sua miníma histórica, e os investidores amargaram um prejuízo tão grande que não querem nem ver, de longe, um alicate de unha. 
O mercado fica moderno, mas o ser humano ainda consegue manipulá-lo. Essa é a ideologia de algumas pessoas, essa é a sujeira que alguns carregam. Isso não é geral, isso não é regra, isso é a exceção.


Texto Pedro Fausthino





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