domingo, 21 de abril de 2013

Eike, o investidor que tem garantias estatais



Olá, galera antenada com a opinião livre!
Hoje, o OpineComigo.com fala de um assunto já esperado pelo mercado financeiro: a queda do império X e sua salvação dependente da injeção pública.


Bem, o fato em questão é a importância de uma política econômica clara. Socialismo ou abertura de livre mercado? 
Eike Batista, o dono do Grupo EBX, magnata das commodities e megainvestidor com seis empresas listadas na Bovespa, é o alvo do mercado atualmente. Suas projeções infladas e fora da realidade fizeram milhares de investidores alocarem altas quantias em seus devaneios. O problema é quando esse dinheiro advém também de empresas estatais. Os sonhos de Eike Batista e sua turma envolvem um financiamento, até hoje, de R$ 9,1 bilhões em operações com o grupo e esta semana foi divulgado mais R$ 935 milhões. Totalizando R$ 10 bilhões, somente de um banco público. A Caixa Econômica Federal, também um banco estatal, é credora do grupo de Eike. O financiamento recente é da ordem de R$ 1,4 bilhão. 
Quando esses financiamento são eletivos e ajudam apenas os grandes grupos, o BNDES sai da função de banco público garantidor do desenvolvimento social. Se transforma em um banco privado com foco no enriquecimento do topo da pirâmide social brasileira. O grupo X já possui diversos e altos financiamento privados. O Itaú, banco totalmente privado, tem empréstimo com o banco em torno de R$ 3,7 a R$ 5,8 bilhões. O Santander, tem financiamentos e empréstimo de R$ 2,4 bilhões. O Bradesco, segundo maior banco privado do país, tem um crédito com o grupo em torno de R$ 2,4 a R$ 3,5 bilhões. Agora, para fechar a lista de altos credores do banco, O Banco do Brasil, um banco de economia mista - público e privado- que o governo usa para 'manipular' o mercado financeiro possui R$ 2,8 bilhões de empréstimo e ações de empresas do grupo.
No caso mais revoltante do uso de dinheiro público para fortalecer grupos empresariais privados é do BNDES. O BNDESPar , braço de investimentos do banco estatal, chegou a ter 12% da LLX (empresa de logística do grupo) e quando comprou as ações pagou mais caro por elas que o valor de mercado. Quando vendeu, vendeu por menos do que valia. A operação fez com que um pedaço do lucro do banco ficasse com o empresário.
Isso prejudica o desenvolvimento do pequeno empreendedor que necessita de empréstimo do banco, e que, mesmo com muita burocracia, ainda não consegue obter financiamento e empréstimo. Os bancos priorizam os grupos maiores, prejudicando a concorrência e melhora da competitividade. Aconteceu com a LBR, com o JBS e agora com a EBX.
Que governo nós temos? Socialista que investem em capitalistas? Ou capitalistas disfarçados de socialistas? São muitas perguntas que exigem respostas mas não as obtém. 


Texto Pedro Fausthino 



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