O Italiano com alma conservadora de Brasileiro

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Hoje é um dia de pesar no jornalismo brasileiro. Morreu, aos 76 anos, em São Paulo, o jornalista, sociólogo, físico e economista Roberto Civita. Civita nasceu em Milão, morou nos EUA e veio ao Brasil para trabalhar no grupo Abril, fundado por seu pai, Victor Civita. Era diretor-geral, editor-chefe e idealizador das maiores revistas do Grupo Abril de Comunicação: Revista Exame, Veja, Você SA, Playboy entre outras...

Conservador e internacionalizado com sua ideologia política de centro-direita, Roberto Civita  era declaradamente apaixonado por sua liberdade de expressão, e de seu grupo de comunicação, conseguida após a ditadura militar 1964-1985 (a qual nunca foi abertamente contrário). Dizia ele, alguns anos atrás:

"A liberdade de manifestação do pensamento, além de se constituir num direito natural do homem, é o pressuposto básico da democracia e precede todas as demais liberdades por ela asseguradas: a liberdade política, religiosa, econômica, de imprensa, de associação e todas as outras (...) Não custa lembrar que a democracia e a liberdade dependem, para se manter, das informações e da fiscalização que somente uma gama diversificada de veículos independentes pode assegurar."

Roberto Civita era amplamente a favor do governo de Fernando Henrique Cardoso e totalmente contra os governistas de esquerda como Lula e Dilma Rousseff. Essa ideologia vinha especialmente pelas complicações causadas ao empresariado brasileiro e as amplas correntes corruptas causadas pelos esquerdistas. 

Civita faleceu possuindo uma fortuna estimada em US$ 4,9 bilhões, tornando-o o 258º homem mais rico do mundo. 

Criou-se uma certa polêmica, em 2006,  a venda de 30% do Grupo Abril para o grupo sul africano Naspers, que ficou famoso pelo seu racismo e ao estar ligado ao apartheid. 

 Texto de Pedro Fausthino 

 Roberto Civita - sua fortuna chegou ao nível de US$ 4,9 bilhões